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A importância da química analítica e da cromatografia para a qualidade da análise das amostras na indústria química

Por sua versatilidade, a cromatografia é uma das técnicas da química analítica de grande relevância para a indústria química. Entenda neste artigo porque ela é tão importante para a qualidade dos resultados das amostras laboratoriais.

A química analítica é um ramo da química que envolve a separação, identificação e quantificação dos componentes de uma determinada amostra através do desenvolvimento de metodologias e procedimentos que tornam possível chegar a essa determinação. É através dela que se avalia o teor de ativos dos produtos comercializados e no desenvolvimento de produtos cada vez mais tecnológicos e eficazes.

Este tipo de análise é importante no controle de qualidade dos produtos, uma vez que fornece com precisão e exatidão ao cliente a concentração de determinado ativo nos produtos comercializados, verificando se os níveis de garantia estão sendo atendidos.

Ela é responsável pela evolução das técnicas de análises e desempenha um papel importante no desenvolvimento de instrumentação analítica. Confira a seguir sua aplicabilidade e porque sua utilização se tornou tão relevante para pesquisadores na indústria química.

A química analítica

Este ramo da ciência possui natureza multidisciplinar, uma vez que está presente em todas as áreas do conhecimento. Com o auxílio da química analítica é possível determinar uma variedade de compostos de interesse ambiental, farmacológico, mineralógico, industrial, e de outros segmentos visando garantir, especialmente, a qualidade dos produtos.

Em laboratórios ela é essencial porque consegue fornecer informações precisas a respeito de determinado produto quanto à sua composição, ao teor mínimo exigido de determinado ativo e à presença de possíveis contaminantes que podem influenciar na qualidade do produto final. A química analítica pode ser dividida em duas classes:

  • Química analítica clássica

Na análise qualitativa os componentes são detectados com o auxílio de reagentes, formando produtos com características específicas, referentes às suas cores e solubilidade, por exemplo. Já para a análise quantitativa, os métodos clássicos que envolvem a gravimetria ou a volumetria são utilizados para essa finalidade.

  • Química analítica instrumental

A química analítica instrumental envolve o uso de equipamentos para a detecção e quantificação dos compostos de uma determinada amostra. De uma maneira geral, os métodos instrumentais englobam:

  • Cromatografia
  • Espectrometria
  • Espectrofotometria
  • Eletroquímica, além de outras técnicas

Espectrofotômetro: utilizado para identificar e quantificar substâncias químicas a partir da medição da absorção e transmissão de luz que passa através da amostra.

Atualmente, a busca por metodologias mais seletivas, robustas, versáteis e econômicas são as razões que mantêm o desenvolvimento da química analítica instrumental.

Utilização da cromatografia líquida na indústria química

Devido a sua versatilidade, a cromatografia líquida é uma das técnicas analíticas que ganhou grande relevância na indústria química. Levando em conta a importância das análises para o controle de qualidade, a utilização da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC – do inglês High Performance Liquid Cromatography) assegura inúmeros benefícios. Com o uso dessa técnica, de maneira geral há a obtenção de menores limites de quantificação quando comparados aos resultados obtidos por análises da química analítica clássica, como a volumetria, por exemplo. Além disso, a técnica de volumetria nem sempre é apropriada para a determinação de todos os tipos de analitos. Diante disso, a química analítica instrumental surge como uma ferramenta para suprir essa carência. Ainda, os procedimentos utilizando sistemas HPLC visam suprir a demanda interna de análises em tempo real.

Técnicas de separação na cromatografia líquida

A cromatografia a gás, a cromatografia a líquido e a eletroforese capilar são exemplos de técnicas analíticas que envolvem processos de separação de acordo com as características e interações de cada analito com o meio. Essas técnicas visam a identificação, determinação e quantificação de um ou mais analitos de uma determinada amostra. No que se refere à cromatografia a líquido, esta é uma técnica analítica amplamente utilizada para a separação, identificação e quantificação de componentes de uma mistura líquida utilizando um solvente como fase móvel. Existem vários tipos de técnicas cromatográficas em fase líquida, desde a Cromatografia de Camada Delgada, até os modernos sistemas de HPLC.

Principais componentes de um cromatógrafo líquido.

Em um sistema HPLC, o cromatógrafo é o instrumento analítico que permite analisar os diversos compostos de uma amostra em solução. De uma maneira geral, esta técnica consiste no bombeamento de um solvente líquido (fase móvel) que passa através de uma coluna preenchida com um material sorvente (fase estacionária). Dessa forma, a amostra a ser analisada é injetada na coluna cromatográfica por meio de uma seringa. A separação ocorre pela afinidade dos componentes a serem analisados pela fase estacionária e pela fase móvel, gerando diferentes velocidades para cada componente e levando à separação conforme eles percorrem a coluna. Assim, os analitos são transportados com o fluxo da fase móvel através da fase estacionária e a interação com esta fase determina o tempo de retenção de cada analito. Após a eluição dos componentes pela coluna cromatográfica, os analitos são direcionados a um detector para a identificação e quantificação.

Cromatógrafo equipamento utilizado para determinar a porcentagem do princípio ativo, quantificação das impurezas e na composição ou formulação de um produto.

Alta tecnologia para análises cromatográficas de compostos orgânicos ativos

Frequentemente, sem uma estrutura adequada e instrumentação de ponta, muitas análises precisam ser feitas em laboratórios externos, dificultando a obtenção de resultados rápidos. Outro ponto chave está relacionado aos custos das análises externas. Geralmente, apenas laboratórios especializados e de alta tecnologia instrumental e profissional conseguem atender a demanda de análises específicas, o que encarece os custos da produção. Dessa forma, as análises cromatográficas permitem verificar a adequabilidade e pureza de uma infinidade de moléculas constituintes das matérias-primas recebidas para, consequentemente, atender as características pré-definidas dos produtos acabados, de maneira rápida e eficiente. Além disso, é possível avaliar a concentração de ativo esperada no produto final, garantindo a qualidade e satisfação dos clientes.

Equipe de laboratório analítico da BTA trabalha em diferentes processos de análise como desenvolvimento e validação de metodologias para a determinação e quantificação de moléculas presentes em aditivos e saneantes.

Levando em conta essa premissa, atualmente, a BTA Aditivos possui em seu Laboratório Analítico um HPLC modelo Nexera-i LC 2040C 3D Plus (Shimadzu, Japão) com injetor automático, refrigeração e detector de arranjo de diodos, totalmente integrado e de alto desempenho. Mediante desenvolvimentos analíticos, esse equipamento permite a separação, identificação e quantificação de uma infinidade de compostos, utilizados no desenvolvimento dos produtos do portfólio da empresa. A equipe de laboratório analítico da BTA trabalha em diferentes processos de análise como desenvolvimento e validação para a determinação de ácidos orgânicos de cadeia curta e média, compostos antioxidantes e sanitizantes, tanto na matéria-prima como nos produtos acabados. Como resultado, este recurso introduz confiança, objetividade, maior sensibilidade nos resultados, e eficiência ao processo, levando até aos clientes produtos tecnológicos e de alta qualidade.

A utilização de tecnologias para o desenvolvimento de aditivos faz parte do DNA da empresa. Quer saber mais sobre tecnologias utilizadas na nutrição animal? Então confira como acontecem os processos de obtenção de microencapsulados e sua aplicação na nutrição animal.

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Mariele Samuel do Nascimento - Química Industrial, mestre e doutora em Ciências com ênfase em química analítica, e analista de cromatografia na BTA Aditivos.

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