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Água na avicultura: como garantir a melhor qualidade deste recurso

Estar atento a qualidade da água e a quantidade que é fornecida às aves é fundamental para garantir uma hidratação adequada do lote, principalmente nos dias quentes.

Um dos grandes desafios da avicultura é manter a água com boa qualidade e temperatura ideal para o consumo das aves. A dificuldade ocorre em razão das fontes utilizadas para o abastecimento, como poços artesianos e semiartesianos, fontes naturais, rede pública ou, em casos emergenciais, via caminhão pipa, rios e açudes, porque podem conter impurezas ou algum tipo de contaminação microbiológica.

Normalmente as águas de superfície são as que mais necessitam de tratamento, porque se apresentam com qualidades físicas e microbiológicas impróprias, em virtude da exposição contínua a fatores poluentes. Esses fatores podem acarretar desde contaminação das aves por patógenos presentes na água, até queda no consumo e diarreia pela alta temperatura da água. A consequência disso será a queda no consumo de ração, baixo ganho de peso das aves e alta conversão alimentar. Por isso, é necessário estar atento à qualidade da água oferecida ao lote. Confira a seguir alguns pontos que merecem atenção para que a água oferecida venha com a qualidade necessária, influenciando positivamente na sanidade e desempenho das aves.

Por que é preciso clorar a água?

A água deve ser clorada desde o primeiro dia do alojamento até a saída do lote, com a dosagem entre 3 a 5 ppm, e aferida diariamente no final da linha do bebedouro. A cloração deve ser feita na entrada da caixa d´água para que o tempo de contato entre o cloro e a água permita a desinfecção. Esta solução deve agir por, pelo menos, duas horas antes de ser consumida pelas aves para que possa desempenhar um papel bactericida ótimo. Em seguida, é preciso clorar na entrada do aviário para que estes níveis sejam mantidos nas linhas.Tabela de tempo de contato mínimo (minutos) a ser observado para a desinfecção em sistemas e soluções alternativas coletivas de abastecimento de água com captação em mananciais superficiais, de acordo com concentração de cloro residual livre, com a temperatura e o pH da água.

Fonte: Portaria GM/MS Nº 888, DE 4 DE MAIO DE 2021.

Quando a cloração não atinge os limites de concentração (ppm) e o tempo de contato preconizados, podem ocorrer problemas como:

  • Diarreia
  • Baixo ganho de peso
  • Aumento na conversão alimentar
  • Contaminação das aves no abate
  • Perda na qualidade de cama do aviário
  • Elevação nos índices de condenação no frigorífico

Principais fatores que interferem na temperatura de fornecimento de água para as aves

Alguns fatores colaboram para que a temperatura da água possa ser entregue com qualidade para as aves. Confira os principais:

Caixa d´água sombreada: Este é um dos pontos fundamentais para garantir que a água seja mantida entre 20 e 24°C, que é a temperatura ideal para o consumo das aves. O reservatório deve ser mantido sombreado, para que em dias de calor essa água não chegue quente à tubulação e aos bebedouros. Se isso ocorrer, acima de 24°C inicia-se a queda no consumo de água, o que impacta diretamente em menor consumo de ração e, consequentemente, no desempenho.

Enterrar os canos da tubulação: O segundo ponto fundamental é que a tubulação que leva a água da caixa até a entrada do aviário deve estar enterrada, a no mínimo 30cm de profundidade do solo, para que mantenha a temperatura baixa.

Fazer flushing: Esta ação significa que é preciso renovar a água dentro do galpão. Nos primeiros sete dias de idade das aves, orienta-se fazer o flushing contínuo, deixando em todas as linhas um fio de água escorrendo para que o líquido não fique parado dentro da linha. Se a água estiver em alta temperatura dentro do aviário, o consumo é diminuído. Após os sete dias, recomenda-se realizar a renovação a cada duas horas, abrindo a torneira no final da linha de bebedouro e deixando a água escoar até que esteja fresca novamente.

A regulagem do nipple impacta no consumo de água no aviário

A regulagem de altura e vazão do nipple é muito importante e pode impactar no consumo e até mesmo na mortalidade das aves. Isso porque o nipple deve ser regulado semanalmente, fase a fase das aves, para que os bicos fiquem na altura correta. É indicado que durante o alojamento fique na altura do olho da ave. Após o segundo dia até o abate, a angulação deve ficar em 45° da cabeça do animal. Com relação a pressão, é preciso cuidar para que não fiquem pesados, ou seja, com muita ou pouca pressão para os pintinhos e não falte água no final da linha quando as aves estiverem maiores. A recomendação da vazão da água é a seguinte:

  • Primeira semana - de 40 a 60mL/min
  • No tempo de alojamento - 40mL/min
  • Segunda semana - de 60 a 70mL/min
  • Terceira semana - de 80 a 100mL/min
  • Quarta semana - de 100 a 120mL/min
  • Quinta semana até o abate - acima de 120mL/min

Para aferir essa pressão é preciso ir ao final da linha, quando as aves estiverem consumindo e pressionar o bico, com uma força condizente com o que seria o bico da ave. Assim, com a ajuda de um copo dosador e um relógio, deve-se medir por um minuto essa vazão.

Análise físico-química e microbiológica da água

É fundamental realizar a análise físico-química e microbiológica da água periodicamente. A água deve ser coletada dentro do aviário, em frascos estéreis, conforme estiver sendo fornecida às aves. Sistemas e soluções alternativas coletivas de abastecimento de água devem realizar análise de:

  • Parâmetros Sólidos Dissolvidos Totais
  • pH
  • Dureza total
  • Cloreto
  • Nitrato
  • Sulfato
  • E.coli

Fonte: Ofício circular conjunto DFIP-DSA1/2008- Esclarecimentos referentes aos procedimentos para registro e fiscalização de estabelecimentos avícolas.

Dentre os vários patógenos de importância, a Escherichia coli é uma das principais causadoras de infecções, podendo atuar como agente primário ou secundário. Além de ser uma das principais causas infecciosas de condenação total de carcaça em frangos de corte. A manifestação dos sinais clínicos e a intensidade da colibacilose pode variar, refletindo diretamente no desempenho do lote, com redução do ganho de peso, piora na conversão alimentar e a morte. 

Ácido orgânico como aliado na redução de microrganismos

Atualmente, com as restrições do uso de antibióticos na avicultura, os ácidos orgânicos tem papel fundamental na redução de microrganismos patogênicos que afetam os planteis avícolas, como Salmonella sp., Escherichia coli, Eimeria, Clostridium sp, dentre outras, bem como na melhoria de resultados zootécnicos como ganho de peso e melhor conversão alimentar.

Na produção animal os acidificantes com ácidos orgânicos são um grupo de aditivos equilibradores da microbiota do trato gastrointestinal, cuja função é:

  • Reduzir o pH
  • Facilitar a digestão dos nutrientes
  • Reduzir a proliferação de microrganismo indesejáveis

Sabe-se que uma saúde intestinal na avicultura é fundamental para se atingir boas taxas de crescimento e eficiência alimentar, sendo que o uso destes acidificantes via água de bebida exerce benefícios sobre o tamanho das vilosidades e profundidade das criptas intestinais, além de estimular a proliferação de células renovando e mantendo o tecido saudável.

Fonte: Freepik, 2021

Fornecer água de boa qualidade, em quantidade correta e sem contaminação é fundamental, sendo que a água está envolvida na maioria das funções vitais das aves. Isto interfere em sanidade, desempenho e, consequentemente, no resultado financeiro para o avicultor e as empresas avícolas. Ressalta-se ainda a importância da manutenção e limpeza dos bebedouros, para garantir que o animal possa expressar o seu máximo potencial produtivo.

Para garantir que as aves possam se desenvolver de forma tão eficiente quanto o limite do pacote genético permite, é preciso ter uma condição saudável, com um manejo adequado e um ambiente livre de contaminações. Confira como a prevenção de zoonoses através do controle microbiológico pode ser uma poderosa ferramenta no auxílio da manutenção da saúde das aves.

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Caroline Facchi - Engenheira Agrônoma, especialista em fábrica de ração. Mestre em Sanidade e Produção Animal e doutoranda em Ciência Animal, na linha de nutrição de monogástricos. Pesquisadora na área de Pesquisa & Desenvolvimento e Gerente de Produto da BTA Aditivos.

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Celio Pereira Avila Filho - Médico Veterinário com especialização em Gestão de Pessoas e Gestão Estratégica do Agronegócio

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