Ciência como elo importante na saúde e produção animal
As melhorias na cadeia produtiva animal acontecem com a criação de novas ferramentas e tecnologias que trazem soluções para os problemas desafiadores no campo. Neste contexto, a ciência entra como um elo importante para o desenvolvimento desta cadeia.
O desenvolvimento na cadeia produtiva animal não é possível sem que haja a criação de novas ferramentas e tecnologias que possam resolver os problemas cada vez mais emergentes e desafiadores no campo. Esta busca por melhorias envolve uma série de etapas que abrangem o desenvolvimento, a testagem, a validação e a certificação de qualquer produto a ser implementado nos processos produtivos, sejam eles aditivos para a nutrição animal, medicamentos, vacinas ou qualquer outra molécula inovadora.
Aliado a importância da criação de novas tecnologias e a garantia da utilização delas de forma segura, temos visto há alguns anos, o surgimento e o crescimento de um novo segmento fundamental na cadeia produtiva brasileira: o setor de Pesquisa & Desenvolvimento.
Hoje em dia, tanto a velocidade de crescimento e de atualização dos processos produtivos quanto o grande capital envolvido exigem a garantia de sucesso, assegurando biosseguridade e eficiência de utilização. E é aqui que temos a inserção de mais um elo importante na cadeia produtiva animal: a ciência!
Investimento na ciência para competitividade e credibilidade do negócio
Por muito tempo, a ciência e a pesquisa foram atividades conduzidas quase que exclusivamente por universidades ou institutos governamentais de pesquisa científica. Quando os elos da cadeia produtiva perceberam que era necessária a aproximação das empresas com as universidades, houve um crescimento exponencial deste segmento, visto que, nestes casos, o campo e a indústria passaram a levar as demandas a serem pesquisadas na universidade, havendo investimento mútuo neste crescimento.
Após esta ‘era’, as indústrias perceberam que a ciência e o desenvolvimento técnico e científico compreendem um grande negócio, que promove aumento na competitividade e na credibilidade da indústria, levando-as a criação de departamentos próprios, para cumprir com esta demanda.
Sem dúvida, a constante pesquisa, associada aos processos inovativos, deve ser uma cultura a ser empregada e consolidada na produção animal. No atual mundo digital, veloz e amplamente globalizado, as demandas e desafios têm surgido com mais rapidez, e com perfil completamente diferente do que se percebia anteriormente. Diante disso, temos a exigência de um tipo particular de cientista ou pesquisador:
- Altamente moldável
- Adaptável
- Disposto a aprender para poder desenvolver novas tecnologias
É importante lembrar que, historicamente, havia um perfil rigorosamente cultural dos pesquisadores, em não aceitar diferentes formas de pesquisa e de trabalho, por confiar drasticamente em sua forma e perfil de trabalho. Porém, este perfil não tem mais espaço nas atuais demandas do segmento.
Brasil na vanguarda da produtividade e biosseguridade animal
A inovação tem vindo, principalmente, para corrigir a cultura da resolução dos desafios ligados à saúde e produção animal na forma do imediatismo. Nesta situação, os problemas são corrigidos pontualmente, porém, sem serem previstos, e solucionados com resoluções não-planejadas.
O senso de inovação nos traz à tona a necessidade de criar alternativas para os problemas atuais e também vindouros, já evitando que os mesmos possam ser barreiras para o crescimento e o desenvolvimento da atividade em questão. Todos estes aspectos relatados contribuíram para promover o Brasil em atual posição de vanguarda mundial em produtividade e biosseguridade animal, sendo ainda considerado área livre em algumas doenças e reconhecido por organismos internacionais, como a OIE (Organização Mundial de Sanidade Animal).
Em razão disso, conseguimos abertura e consolidação de mercado em clientes de grande interesse mundial, principalmente em países da União Europeia, Ásia e América do Norte, considerados mercados exigentes nos aspectos técnicos e de segurança alimentar.
Nos sistemas de produção animal convencionais, já foram estabelecidos pacotes tecnológicos de manejo, que envolvem:
- Estabelecimento de adequadas estratégias nutricionais
- Programas vacinais
- Medidas de biosseguridade
- Prevenção de contaminações e de doenças
- Planejamento de instalações
- Dimensionamento de equipamentos
- Desenvolvimento de linhagens genéticas apropriadas para os sistemas produtivos
Aditivos tecnológicos para melhora na produtividade animal
A necessidade tecnológica está trazendo cada vez mais o aumento da comercialização de aditivos, os quais não tem característica nutricional diretamente, mas preservam as matérias-primas e alimentos durante o armazenamento, melhoram as condições de elaboração e aproveitamento das rações e, consequentemente, melhoram a produtividade dos animais.
A utilização dos aditivos tecnológicos está relacionada com a necessidade de combater ou impedir o surgimento de um problema que pode desencadear distúrbios nutricionais no animal, rejeição do alimento, diminuição do valor nutricional do alimento ou para auxiliar a realização de um processo.
P&D busca através de pesquisas e testes, moléculas e blends que auxiliem na qualidade nutricional e saúde do animal através dos aditivos tecnológicos
Com intuito de proporcionar vantagens na ordem tecnológica, o P&D busca através de pesquisas e testes, moléculas e blends que auxiliem na qualidade nutricional e saúde do animal. A utilização de aditivos tecnológicos na cadeia animal é uma realidade. Existem uma infinidade de produtos disponíveis no mercado e a sua utilização deve ser baseada no seu benefício e objetivo do uso.
É importante ter em mente que cada um destes pontos só pôde ser criado após todo o seu planejamento, testagem e posterior validação, etapas que podem ser unidas em um único termo: Ciência! A produção agropecuária e a saúde animal são o que são hoje graças à pesquisa e a inovação, com resultados que foram atingidos após 50 anos de pesquisa, e estamos ansiosos para ver o que atingiremos nos próximos 50 anos!
Ser uma empresa inovadora é uma regra de sobrevivência e de crescimento empresarial no mercado atual. Mas como isso acontece? Entenda como trabalhar a inovação na área de Pesquisa e Desenvolvimento.
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Lediane Tomazi Miotto - Biomédica, mestre em Farmacologia e Gerente de Pesquisa & Desenvolvimento na BTA Aditivos.
Veja mais posts do autorTiago Petrolli - Doutor em Zootecnia na área de Nutrição e Produção de Monogástricos. Professor e Pesquisador dos Cursos de Medicina Veterinária, Zootecnia e do Programa de Pós-graduação em Sanidade e Produção Animal.
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