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Impacto da utilização de antioxidantes na conservação da ração dos animais de produção

Para proteger a qualidade nutricional e aumentar a vida útil dos alimentos é fundamental a utilização de antioxidantes nas matérias-primas e rações.

Antioxidantes são substâncias adicionadas à ração animal com o intuito de evitar a oxidação de lipídeos e gorduras e as possíveis consequências da ingestão de radicais livres pelos animais. Além disso, são usados ​​principalmente para fornecer proteção contra a deterioração de nutrientes essenciais, como vitaminas, gorduras e pigmentos.

O uso de antioxidantes nas rações protege a qualidade nutricional e também, aumenta a vida útil dos produtos alimentícios. Produtores voltados à bovinocultura, por exemplo, utilizam antioxidantes para rações em pequenas doses para melhorar e manter a saúde geral dos animais. Confira a seguir como a utilização dos antioxidantes nas matérias-primas e rações é fundamental para contribuir na proteção da qualidade nutricional e no aumento da vida útil dos alimentos.

Visão geral do mercado de antioxidantes para rações destinadas aos animais de produção no mundo

O aumento global nas tendências populacionais do mundo para o consumo de produtos cárneos vem impulsionando o mercado. O foco crescente na saúde dos animais, na qualidade da ração e valor nutricional são provavelmente os principais fatores de crescimento do mercado. A crescente conscientização criou a necessidade de uma assistência por parte da indústria destinada à produção animal, o que tem impulsionado a demanda pelo mercado de antioxidantes para rações desta categoria.

Segundo dados do IndustryArc, um dos principais sites de informações setoriais, o tamanho do mercado de antioxidantes para alimentação animal foi de $357,9 milhões em 2019, com crescimento anual de 4,8% em previsão para 2020 e 2025.

A Europa deve registrar uma taxa de crescimento mais rápida durante o período entre 2020 e 2025 atribuída à robusta fabricação de carne suína em países europeus como a Alemanha, França e Rússia.

Em 2019, a região que compreende a Ásia e o Pacífico dominou o mercado de antioxidantes para rações animais em termos de receita, com uma participação de mais de 40% do mercado. Isto ocorreu devido ao aumento da população e a demanda por carne de aves e ovos, especialmente na Índia e na China. O aumento do custo da ração neste território está diretamente relacionado com o aumento da demanda por antioxidantes com o objetivo de se evitar a deterioração da ração e aumentar a sua vida útil, o que auxilia o crescimento do mercado neste setor.

Nos Estados Unidos, de acordo com a North America Meat Institute, a indústria de carnes bovinas, suínas e de aves é o maior segmento da agricultura nos EUA. A produção de carne nos EUA totalizou 52 bilhões de libras em 2017 e a produção de aves, neste mesmo país, totalizou 48 bilhões de libras no mesmo período. Além disso, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção global de carne de frango obteve um crescimento de 2% e atingiu 97,8 milhões de toneladas em 2019, favorecendo o crescimento do mercado.

Visão Geral dos antioxidantes para rações destinadas aos animais de produção no Brasil

Com a crescente produção proteica animal, tem-se optado cada vez mais por animais com maior competência na conversão alimentar (CA) e ganho de peso diário (GPD). Maximizar a eficiência alimentar, alcançar uma alta taxa de crescimento, controlar e prevenir doenças estão sendo o foco para este tipo de produção.

Os desafios das modernas práticas de produção podem fazer com que ocorra um desequilíbrio prejudicial da microbiota intestinal, como a disbiose, por exemplo. A ingestão de ingredientes deteriorados, a ração contaminada com patógenos ou o uso excessivo de antibióticos podem levar a essa disfunção que resulta em:

  • Digestão comprometida;
  • Absorção deficiente de nutrientes;
  • Conversão alimentar reduzida;
  • Maior suscetibilidade às doenças com um impacto econômico negativo.

Ingredientes como as gorduras e os óleos são muito utilizados como fonte concentrada de energia nas rações, o que permite originar formulações dietéticas de alta eficácia para animais de produção. O mercado brasileiro de aves e suínos tem utilizado, em larga escala, subprodutos de abatedouros adicionados às rações, como óleos e farinhas de vísceras, que objetivam a redução no custo de produção dessa ração com um alto conteúdo energético. Nestes casos, pode ocorrer a oxidação lipídica dos alimentos, que além de comprometer as características sensoriais como o aroma, sabor, cor e textura, pode produzir substâncias de comprovado efeito tóxico.

A ingestão de produtos com deterioração oxidativa promove irritação da mucosa intestinal, diarreia, degeneração hepática e até a morte celular. A oxidação lipídica traz prejuízos nutricionais devido à perda parcial de vitaminas lipossolúveis como a vitamina E, A, K, entre outras. Portanto, a utilização de blends de antioxidantes e quelantes, que tenham efeito sinérgico, pode aumentar o poder antioxidante na ração, garantindo a ingestão de um alimento mais seguro. Blends que contenham agentes quelantes, como o ácido cítrico e seus sais e o EDTA, ajudam a retardar o processo de oxidação.

Para maior segurança e eficiência na saúde intestinal dos animais a utilização dos antioxidantes deve seguir as seguintes qualificações:

  • Ter comprovada eficiência na conservação de gordura de origem animal e vegetal, vitaminas e outros alimentos sujeitos à deterioração oxidativa;
  • Não serem capazes de gerar toxicidade ao homem e aos animais;
  • Devem ser eficazes em baixas concentrações e economicamente viáveis;
  • Possuírem comprovada segurança como aditivo alimentar;
  • Serem resistentes a diferentes temperaturas (estabilidade nas condições de processo e armazenamento);
  • Não alterarem o sabor, a cor e o aroma do alimento.

Eficiência dos antioxidantes sintéticos

Os antioxidantes sintéticos têm se mostrado muito eficientes e são amplamente utilizados pela indústria de rações. Os principais utilizados habitualmente nos alimentos são os fenóis como o BHA, BHT e seus blends.

A eficácia de um antioxidante está relacionada a muitos fatores, como:

  • Energia de ativação
  • Constantes de velocidade
  • Potencial de óxido-redução
  • Facilidade com a qual se pode destruir ou perder o antioxidante
  • Sua solubilidade

O fenômeno de sinergismo se produz quando uma mistura de antioxidantes, chamados de blends, possui uma atividade mais acentuada do que os antioxidantes individuais. São conhecidos dois tipos de sinergismo, um deles implica na ação de aceptores de radicais livres misturados, e outro, que combina a ação de um aceptor de radical livre e um quelante de metais.

Antioxidantes sintéticos na conservação do alimento

Vários estudos apontam os benefícios do BHT e BHA na produção animal, como melhora na qualidade da carne pela resistência à oxidação de frangos alimentados com rações que continham os antioxidantes sintéticos. A boa capacidade destes antioxidantes preserva as características sensoriais dos alimentos e garante a proteção contra os metabólitos de oxigênio reativo, que são substâncias de grande risco para a saúde.

Testes realizados com a finalidade de monitorar a qualidade da farinha de carne e ossos (FCO) durante o armazenamento mais prolongado, apontaram que o antioxidante BHT diminuiu significativamente o índice de peróxido e eficiência na prevenção da rancidez oxidativa, quando feita no momento do recebimento da FCO ou depois de sete dias.

Dentre os antioxidantes sintéticos, encontra-se também a etoxiquinina (Etoxiquim), que continua como um dos antioxidantes alimentares mais conhecidos. Sua capacidade antioxidante e seu baixo custo de produção (BŁASZCZYK, 2013) são consideráveis, porém, deve sempre ser utilizado dentro dos níveis aceitáveis pela legislação.

Antioxidantes naturais despontam como alternativa viável

Os antioxidantes naturais podem funcionar como agentes redutores, como inibidores de radicais livres, como quelantes ou sequestrantes do oxigênio ou como desativadores de metais pró-oxidantes (KÄHKÖNEN, et. al., 1999; RICE-EVANS et al., 1995).

Entre os antioxidantes naturais, os tocoferóis, à base de vitamina E, lipossolúveis têm sido estudados extensamente, mas, o interesse na pesquisa por novos antioxidantes naturais tem aumentado ainda mais nos últimos anos. A vitamina E combina uma série de ativos chamados tocoferóis dos quais o α-tocoferol é o mais ativo biologicamente. Os tocoferóis agem principalmente na propagação e terminação do processo oxidativo, estabilizando radicais livres formados pelos ácidos graxos.

Há quase três décadas, DIPLOCK (1984) sugeriu que o tocoferol ficaria localizado dentro da membrana celular e que todo seu sistema estivesse estabilizado por forças físico-químicas, envolvendo interações entre o tocoferol e os fosfolipídeos polinsaturados das membranas. Posicionado desta forma, o tocoferol protegeria os ácidos graxos polinsaturados da peroxidação pelos radicais livres produzidos pelas enzimas, ligadas de maneira adjacente às membranas.

Antioxidantes naturais podem atuar estabilizando os radicais livres, inibindo o processo oxidativo

Soluções para diferentes mercados e desafios

Para cada desafio há uma solução adequada para o campo. É necessário analisar os benefícios de cada produto para determinada situação. Os antioxidantes sintéticos são bastante eficientes e sua adição em alimentos continua sendo uma boa opção. Já os antioxidantes naturais que são originados a partir de extratos vegetais possuem um apelo não químico, e exigem concentrações maiores visando seu shelf life, principalmente, no caso dos alimentos úmidos e ricos em lipídeos em sua composição. Portanto, cada uma destas categorias possui seu uso de acordo com os desafios encontrados, baseando-se nas matérias-primas utilizadas, no tempo de prateleira esperado e, principalmente, no mercado que está sendo destinado a ração.

É importante fazer uma avaliação minuciosa quanto às necessidades que cada produto e processo de produção necessita. A equipe técnica da BTA avalia in loco e a longo prazo, as nuances de cada processo e produto, buscando uma solução técnica adequada, personalizada e economicamente viável ao cliente.

A rancidez oxidativa não é o único fator que pode causar a deterioração ou perdas na ração. Estar atento aos fatores que ocasionam perdas no processo de produção de rações é fundamental para obter maior eficiência nos procedimentos e minimizar os desperdícios. Veja como identificar as perdas no processo produtivo em fábricas de ração e como atuar.

Referência Bibliográfica

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Daiane Signore Ribeiro - Médica Veterinária, especialista em Tecnologia da Produção de Ração Animal e Consultora Técnica na BTA Aditivos.

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Julianne de Rezende Naves - Médica Veterinária, mestre em Produção e Nutrição Animal e doutora em Reprodução Animal.

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