Mercado e custos de produtos para a alimentação de animais de estimação e produção
Mesmo visualizando um cenário muito promissor na agroindústria e no segmento de produtos para animais de estimação, otimizar custos e agregar valor é essencial para o equilíbrio financeiro do negócio.
A geração de resultados e a otimização dos custos dos processos para criação de animais de produção são essenciais para o equilíbrio financeiro e perpetuidade de qualquer negócio. A redução de custos é algo que está presente no dia-a-dia das empresas, compondo as metas setoriais e perturbando o sono de muitos gestores. Para entender porque algo tão corriqueiro pode gerar tanta preocupação, é preciso conhecer um pouco mais deste mercado.
É possível observar hoje um cenário muito promissor na agroindústria e produtos pet. A produção brasileira de alimentos está cada vez mais baseada na inovação e com grande apelo às boas práticas de produção. A agroindústria é um bom exemplo disso. Na produção de proteína animal, os investimentos em melhores condições de campo, com sistemas modernos e automatizados permitem um maior número de animais por metro quadrado, gerando uma produtividade cada vez maior.
Estimativas indicam que é necessário aumentar em 60% a produção mundial de alimentos até 2050. Segundo dados da Embrapa, o Brasil ocupa hoje a 4ª posição mundial na produção de carne suína e a 3ª colocação na produção de carne de frango.
https://www.embrapa.br/suinos-e-aves/cias/estatisticas
Além destes números expressivos, o Brasil é ainda o maior exportador de carne de frango mundial, despontando como um grande exportador de alimentos para o mundo.
De acordo com dados da ABINPET, o Brasil ocupa ainda a terceira colocação mundial em população de animais de estimação e, com um tratamento cada vez mais humanizado, o mercado pet tem apresentado crescimento significativo, principalmente no que diz respeito a uma alimentação saudável.
Qual o custo da cadeia de proteína animal?
Mesmo diante deste cenário tão promissor, é preciso atenção com a redução de custos, uma vez que as maiores despesas envolvidas na cadeia de produção de animais para abate provêm da sua alimentação, do seu custo alimentar aliado à taxa de conversão alimentar obtida durante o período de crescimento.
A base da alimentação de animais provém de cereais como milho, soja e seus derivados. Estes grãos possuem suas cotações de mercado baseadas em fatores como:
- Tamanho e qualidade da safra
- Demanda interna e externa
- Cotações internacionais destes grãos
- Taxas de câmbio
Em momentos como os atuais, onde a demanda e a cotação dos grãos chegaram a valores recordes, há uma oneração sensível no custo alimentar e, consequentemente, no custo de produção, o que acaba impactando nas margens do negócio.
Completando esta equação há também o custo de transporte destes grãos, do produtor até as unidades onde são processadas as rações. Em um país continental como o Brasil, em que nem sempre a disponibilidade dos grãos está na mesma localidade onde as rações são preparadas, o custo do transporte destes grãos também se tornou um fator impactante na produção. Cabe neste momento uma atenção especial na otimização e gestão dos transportes.
Neste cenário, melhorar a conversão alimentar dos planteis torna-se um fator importante para a otimização de custos em:
- Instalações adequadas
- Procedimentos corretos de manejo
- Controle de ventilação e temperatura
- Disponibilidade de alimentação
- Água de qualidade
Além disso, outros custos importantes afetam os resultados das empresas ligadas à cadeia produtiva das proteínas animais, como:
- Paradas de produção, seja nas fábricas de ração, de farinhas ou nos frigoríficos, que podem ser causadas por quedas de energia, fatores de processo de produção ou quebras de equipamentos;
- Condenas totais ou parciais de animais, que podem ser geradas nas granjas ou durante o processo de abate;
- Taxas de mortalidade de animais nas granjas ou em transporte.
Todos estes fatores unidos contemplam os principais custos de produção para animais de abate e merecem atenção especial.
Custos com aditivos tecnológicos
Tendo em vista esse cenário favorável para a cadeia de proteína animal, o mercado de aditivos também cresceu. De acordo com dados da Sindirações, o mercado brasileiro de rações cresceu sua produção anual em 23% entre 2013 e o previsto para 2020.
Mercado Brasileiro de rações cresceu sua produção anual em 23% entre 2013 e o previsto para 2020
Também houve um aumento no uso de aditivos tecnológicos em rações neste período, com crescimento de 40% no consumo de conservantes e 17% de crescimento no consumo de antifúngicos entre 2016 e 2020 projetado.
O mercado mundial de aditivos para alimentação deve crescer 6% ao ano entre 2018 e 2023. Esse bom desempenho deve ocorrer pelo aumento na demanda por produtos agropecuários como carnes, ovos, leite ou pelo crescimento da alimentação animal com tecnologias inovadoras. Em 2017, a avicultura dominou o mercado de aditivos para alimentação animal, tornando-se o setor com maior consumo entre as proteínas animais. Este cenário deve se manter e aumentar esta dominância em até 2025. Por isso que, mais que apenas um custo na produção, o aditivo já é reconhecido por agregar valor nos produtos e processos das indústrias do segmento.
O mercado mundial de aditivos para alimentação deve crescer 6% ao ano entre 2018 e 2023
Que relação há entre custo e valor
Para saber a relação entre custo e valor, é preciso entender que hoje os negócios estão sujeitos a variações cambiais, políticas, mudanças aceleradas na forma de consumo, em que preços de venda são, por muitas vezes, determinados pelo mercado. Se não há controle total sobre preço de venda, a pergunta que se deve fazer é: onde será possível atuar para garantir a lucratividade e sustentabilidade desejada? Na variável “custo”.
Para compreender o tema ‘custos’ é preciso entender também o termo ‘agregar valor’. Mas o que é isso? Valor é um atributo do produto que justifica sua compra. Sendo assim, a percepção de valor que o consumidor tem, justifica o preço que está disposto a pagar por algo. Agregar valor pode se dar pela aplicação de conhecimentos que promovam o aumento do valor adicionado.
O valor adicionado é igual ao valor de venda menos o custo de matéria-prima e o custo operacional.
Valor adicionado = (+) valor de venda (–) custo MP (-) Custo operacional
Olhando para essa equação, há duas formas de aumentar o valor adicionado. A primeira é acrescendo o preço de venda, o que nem sempre é possível. A segunda é diminuindo os custos de matéria-prima e operação.
- Fala-se muito em diminuir custos, mas isso significa comprar por menores preços?
Nem sempre.
- É possível diminuir custo pagando maior preço em uma determinada matéria prima?
Sim, com toda certeza. Se essa matéria-prima tem tecnologia aportada, tornando-a mais eficiente, isso possibilitará a redução de custo.
Para melhor entendimento, observe este exemplo: os custos com ração animal representam algo em torno de 65% do custo total de produção de carnes. Se a agroindústria utilizar ingredientes BTA para fabricar essa ração e supondo que esse ingrediente tenha um preço um pouco maior que os ingredientes normalmente oferecidos pelo mercado, mesmo assim o produtor terá redução de custos.
Isso se explica porque os produtos BTA possuem tecnologia aportada, como, por exemplo, a microencapsulação, o que torna o aditivo muito mais eficiente.
Tecnologias como essa trazem diversos benefícios ao produtor, impactando diretamente na conversão alimentar. Isso gera um ganho de produtividade, comprovado através de um acompanhamento técnico qualificado, e promove um ganho maior do que o valor gasto com aquisição do insumo, resultando assim, em redução de custo para empresa.
Gestão de custos
Muitas vezes os gestores acabam escolhendo produtos e serviços com menor preço, buscando atingir as metas de redução de custos setoriais. Porém, o impacto na organização pode não gerar a lucratividade desejada. Aliás, pode até mesmo ocasionar menor eficiência e menor segurança alimentar na produção, comprometendo a longevidade das empresas.
Em uma atividade onde a excelência operacional é essencial, sabe-se que o controle de custos é uma preocupação constante. Mas, mais do que isso, é importante entender que soluções completas são fundamentais para o negócio. Estas soluções devem permitir o incremento do valor de contribuição obtido com aumento de receitas ou redução de perdas, frente ao valor aplicado em soluções inovadoras e adequadas para alimentação, produção ou sanitização em seus processos.
Vários clientes da BTA trouxeram as suas necessidades de redução de custos no processo produtivo, e com o auxílio da equipe técnica, obtiveram resultados incríveis. Um bom exemplo é que há casos em que, após um estudo técnico e financeiro, foi indicada a inclusão de mais um aditivo para o controle da oxidação, o que resultou em redução de custos significativos para o cliente. Isso ocorre porque aditivos tecnológicos combinados potencializam a ação em várias fases do processo de fabricação, agregando valor pela redução de custo da matéria-prima tratada.
A BTA oferece várias soluções combinadas para nutrição animal e programas de higienização completos para a indústria, bem como tratamentos de água eficientes, com foco na geração de valor para o cliente do início ao fim dos processos. Assim, a empresa segue sempre adicionando inovação, qualidade e resultados aos seus clientes, desenvolvendo insumos de alta eficiência que possam agregar valor às cadeias produtivas da agroindústria e para o mercado pet.
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Adriano Chies - Administrador de empresa com especialização em Contabilidade e Controladoria, Gestão de Processos e Pós Graduação em Gestão de Processos e Projetos.
Veja mais posts do autorFernando Simionato - Contabilista com especialização em Controladoria e Finanças e Gerente de Planejamento na BTA Aditivos.
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