BTA Aditivos - Add Innovation
BTA Aditivos - Add Innovation
PT EN ES
BTA Aditivos - Add Innovation
PT EN ES

Saúde intestinal: Não falar sobre isso, é perda de recurso

Além das funções de digestão e absorção, o intestino tem uma função endócrina muito importante, contribuindo para a imunidade das aves. Confira a seguir algumas situações em que a saúde intestinal influencia no desenvolvimento das aves.

Saúde intestinal é um tema de fundamental importância, pois, apesar do intestino ser um órgão que corresponde a 5% do peso médio total dos animais, possui um gasto de energia de mantença médio na ordem de 20%.

Também conhecido como o “segundo cérebro do organismo”, o intestino possui várias funções digestivas e endócrinas que determinam o desempenho adequado dos animais. Quaisquer situações que gerem prejuízo à capacidade digestiva e absortiva, ou mesmo que desencadeie alguma resposta imune intestinal, gera um redirecionamento metabólico que traz forte impacto nos parâmetros produtivos dos lotes.

Para saber mais sobre o funcionamento da microbiota das aves, os pesquisadores da BTA convidaram Tiago Petrolli, que é doutor em Zootecnia na área de Nutrição e Produção de Monogástricos, professor e pesquisador dos Cursos de Medicina Veterinária, Zootecnia do Programa de Pós-graduação em Sanidade e Produção Animal para responder algumas das principais dúvidas sobre o assunto e as ações que contribuem para a saúde intestinal.

Quais são as funções chaves do intestino?

O intestino é responsável pela digestão e absorção dos nutrientes, bem como, de servir como uma barreira contra a entrada de agentes nocivos ou patogênicos, para a corrente sanguínea. Também, produz diversos hormônios envolvidos no metabolismo enzimático e na regulação do consumo dos animais.

Qual seria o principal fator que impacta na saúde intestinal dos pintinhos alojados?

A qualidade dos ingredientes utilizados na ração possui alta interferência na saúde dos pintainhos. Nessa fase, o animal está desenvolvendo a sua “identidade intestinal”, e o fornecimento de ração com contaminantes, pode acarretar um processo degenerativo a nível intestinal e hepático, como é o caso de rações com estágio oxidativo alto (índice de peróxido), contaminação por micotoxinas ou mesmo por microrganismos patogênicos. Até o 9° dia, o intestino representa 10% do peso corporal do animal. Qualquer perda de desempenho nessa fase, pode representar atraso de dois a três dias na idade de abate.

No dia a dia, é possível saber como está a saúde intestinal dos animais?

Sim, há alguns indícios que podem ser monitorados pelo avicultor ou pelo sanitarista, que podem refletir informações sobre o status geral do intestino. Uma situação importante a ser monitorada é a qualidade das excretas. A presença de diarreia já é um indício de que algo está errado no lúmen intestinal, e é desencadeado este quadro como uma resposta para “eliminar” mais rapidamente o agente causador. No entanto, mesmo não havendo diarreia, outros pontos podem indicar problemas, como:

  • A presença de muco, que é um indicativo de que a mucosa intestinal está desencadeando uma resposta imune frente a algum agente estressor;
  • Fezes sanguinolentas, pode ser um indicativo de lesões ou hemorragia
  • Presença de alimento não digerido, ocasionado pelo aumento na velocidade ou taxa de passagem da ração; 
  • Excretas de pintinhos com coloração amarelo-creme pode indicar ocorrência de descamação intestinal excessiva, ocasionada por algum desafio entérico.

Quais as ferramentas disponíveis no mercado para auxiliar na saúde intestinal?

Atualmente as ferramentas consistem no combate aos possíveis agentes estressores ao lúmen intestinal, como agentes inibidores de crescimento microbiano (composto basicamente por moléculas substitutas a antibióticos, como ácidos orgânicos, fitogênicos, prebióticos, probióticos e outros). Estes agentes reduzem a carga microbiana e a presença de endotoxinas produzidas. Também, são importantes os adsorventes de micotoxinas e as enzimas exógenas, que reduzem a presença de fatores antinutricionais.

Como os ácidos orgânicos agem para melhorar a saúde intestinal?

Os ácidos orgânicos são moléculas que, ao serem absorvidos pelas bactérias em sua forma protonada (na qual carreia íons de hidrogênio para o interior do citosol bacteriano), acidificam este meio. Na tentativa de remover estes íons em excesso, a bactéria possui um gasto energético exacerbado, o que provoca sua morte celular.

No caso da microbiota não-patogênica, é possível afirmar que não há interferência da adição de ácidos orgânicos sobre essa população?

Categoricamente, não é possível afirmar com certeza esta informação. Um grupo importante de bactérias são os Lactobacillus, que são organismos produtores de ácido lático e mais adaptáveis a pHs um pouco mais baixos, característicos das porções mais iniciais do intestino. A utilização de ácidos com pKa mais compatível com o ácido lático pode ser uma ferramenta que permita o efeito antimicrobiano nos microrganismos indesejáveis, sem impactar este grupo de bactérias. No entanto, sabe-se que a utilização combinada de ácidos orgânicos, com diferentes pKas, aumenta sua eficiência como melhorador de desempenho, podendo impactar também nos outros grupos de microrganismos.

Por que os ácidos de cadeia curta possuem ampla utilização na alimentação animal?

Os ácidos graxos de cadeia curta não existem normalmente nos alimentos, sendo originados através de fermentação microbiana. Em um sistema de autorregulação dos ecossistemas fermentativos, a produção contínua dos ácidos em um ambiente que não haja algum processo de liberação destes, estas moléculas se acumulam no meio e promovem inibição do crescimento microbiano. Neste processo descobriu-se seu potencial de utilização como aditivo na alimentação dos animais, quando objetivada alguma situação de inibição microbiológica. Como os ácidos de cadeia curta possuem a capacidade de carrear prótons de hidrogênio, estas moléculas possuem forte potencial de acidificação dos meios onde estão, a qual é ferramenta importante para o controle microbiano no trato digestivo.

Livres ou protegidos, qual estratégia e quando usar?

Cada uma destas formas possui um mecanismo de ação diferente à nível intestinal. As formas livres tendem a influenciar pH de meio, gerando alterações fisiológicas no trato gastrointestinal. Em resposta a um pH mais ácido do bolo alimentar, o pâncreas aumenta a produção de suco pancreático e bicarbonato, situação que melhora a digestibilidade dos nutrientes, porém, perde-se o efeito de redução de pH de lúmen intestinal, devido ao tamponamento efetivado. Diante disso, ácidos na forma livre são mais eficientes em situações que remetem ao papo, proventrículo, moela e porções mais superiores do intestino delgado - duodeno e início do jejuno. Para efetividade contra microrganismos presentes nas porções proximais do jejuno e íleo - as quais são as mais impactantes sob o ponto de vista de saúde intestinal, pois como o pH é mais próximo da neutralidade, a carga microbiana é maior -, são mais eficientes os ácidos em forma microencapsulada. Isso ocorre porque, como a cápsula reveste os ácidos, além de não acentuar a produção de bicarbonato, não haverá absorção microbiana (ou mesmo pela mucosa intestinal) e nem dissociação dos prótons de hidrogênio nas porções iniciais, chegando maior quantidade de ácidos protonados nas porções distais do intestino. Como a cápsula geralmente é de gordura, a ação das lipases vai degradar esta porção, liberando os ácidos no jejuno e íleo, exercendo efeito nestas porções.

A saúde intestinal está diretamente relacionada com o bom resultado do lote. Dessa forma, não tem como pensar em produtividade e bem-estar animal, sem estar em dia com esse tema. O uso de aditivos via ração, ou via água, atuam de maneira benéfica, servindo de elo entre o resultado esperado e os desafios de campo.

Quer saber mais sobre saúde intestinal? Então, confira neste artigo os benefícios dos ácidos orgânicos microencapsulados na saúde das aves

Compartilhe:

Caroline Facchi - Engenheira Agrônoma, especialista em fábrica de ração. Mestre em Sanidade e Produção Animal e doutoranda em Ciência Animal, na linha de nutrição de monogástricos. Pesquisadora na área de Pesquisa & Desenvolvimento e Gerente de Produto da BTA Aditivos.

Veja mais posts do autor

Tiago Petrolli - Doutor em Zootecnia na área de Nutrição e Produção de Monogástricos. Professor e Pesquisador dos Cursos de Medicina Veterinária, Zootecnia e do Programa de Pós-graduação em Sanidade e Produção Animal.

Veja mais posts do autor
voltar ao topo

Assine a nossa newsletter

Fique tranquilo, não compartilhamos seu e-mail e você pode cancelar sua assinatura quando quiser, com apenas um clique!

Matriz: Xanxerê/SC • +55 (49) 3199-1646

Rua Carlos Emilio Hacker, nº 260 | Linha São Sebastião | Interior | 89820-000

Escritório Comercial: Jaraguá do Sul/SC • +55 (47) 3055-2764

Rua Jacob Buck, nº 105 | Centro | 89251-160

Controle sua privacidade

Nosso site usa cookies para melhorar a navegação. Clique em "Minhas opções" para gerenciar suas preferências de cookies.

Minhas Opções Aceito

Quem pode usar seus cookies?

×

Cookies Necessários (5)

São essenciais pois garantem o funcionamento correto do próprio sistema de gestão de cookies e de áreas de acesso restrito do site. Esse é o nível mais básico e não pode ser desativado.
Exemplos: acesso restrito a clientes e gestão de cookies.mais detalhes ›

leadster

leadster

Linkedin Ads

Código RD Station

Linketin Insight Tag

Cookies para um bom funcionamento (3)

São utilizados para dimensionar o volume de acessos que temos, para que possamos avaliar o funcionamento do site e de sua navegação.
Exemplo: Google Analytics.mais detalhes ›

GTAG 2023

Google Analytics - estatística básica

Shareaholic

Cookies para uma melhor experiência (3)

São utilizados para oferecer a você melhores produtos e serviços.
Exemplos: Google Tag Manager, Pixel do Facebook, Google Ads.mais detalhes ›

Search console

Google Tag Manager

Facebook Pixel