Segurança na retirada dos antibióticos promotores de crescimento
O uso de ácidos orgânicos e óleos essenciais com alternativas para o uso de antibióticos, vem ganhando espaço nas dietas de campo, seja via água de bebida e/ou na inclusão na ração.
A todo momento observam-se notícias de que os sistemas de produção de aves e suínos no mundo estão priorizando a retirada do uso de antibióticos. Atualmente, diversos países já possuem restrições ao uso de Antibióticos Promotores de Crescimento (APC) e de algumas moléculas. No Brasil, há uma grande movimentação e experiências positivas dessa retirada, com isso, a introdução de programas estratégicos que proporcionem a redução do uso de antibióticos promotores de crescimento podem contribuir para o destaque brasileiro frente ao mercado global.
O uso de antibióticos
Os antibióticos sempre foram utilizados com a finalidade de tratamento, controle e prevenção de doenças. O mercado consumidor de proteína animal está cada vez mais exigente diante da possibilidade de seus resíduos utilizados na nutrição animal estarem presentes nas carcaças e seus cortes. Essa preocupação ocorre, em virtude da utilização de antibióticos promotores de crescimento e as possíveis resistências antibacterianas que podem ser causadas aos seres humanos, via contaminação cruzada.
A União Europeia vem vetando o uso de APC desde 2006, tanto para seus produtores, como para os seus mercados importadores. No primeiro momento houve um decréscimo no desempenho zootécnico dos animais, gerando a necessidade de maior incremento de antibióticos via água de bebida para tratamentos, com isso houve a necessidade de buscar aditivos que atendam essa demanda, e assegurem uma produção limpa e sem resíduos.
Alternativas para Antibióticos Promotores de Crescimento
Com a prioridade nos resultados de campo, criou-se um cenário diferente para todas as empresas produtoras e fornecedoras de produtos para a nutrição animal, necessitando desenvolver e avaliar a eficácia de novos compostos para substituir os APCs como fonte de garantia sanitária do lote, ganho de peso, conversão alimentar e qualidade de carcaças ao abate.
O uso de ácidos orgânicos e óleos essenciais, tem ganhado espaço cativo nas dietas de campo, seja no fornecimento via água de bebida e/ou na inclusão na ração. Esses compostos agem diretamente sobre bactérias patogênicas reduzindo o pH do interior da célula. Sua atuação altera a concentração de íons H+ no interior da célula bacteriana, fazendo com que o patógeno gaste excessiva quantidade de energia na tentativa de normalizar o pH do interior da célula.
O uso de ácidos orgânicos e óleos essenciais, tem ganhado espaço cativo nas dietas de campo
Esse alto consumo de energia acarreta restrição nas atividades de síntese de DNA e proteínas no interior da célula patogênica, resultando em morte da célula bacteriana por esgotamento energético. Os principais ácidos orgânicos de utilização na nutrição animal são:
- Ácido láctico
- Ácido propiônico
- Ácido butírico
- Ácido fórmico
- Ácido acético
- Ácido cítrico
- Ácido benzóico
Óleos essenciais com efeito bactericida
Outra importante ferramenta de ação são os óleos essenciais, disponíveis com diferentes princípios ativos, mas de ação comprovada para melhora na saúde intestinal e com efeito bactericida. O uso desses óleos ocorre via água. Devido seu mecanismo de ação, auxilia na integridade da mucosa intestinal, resultando em vilosidades mais íntegras e maiores, aumentando assim a superfície de contato do intestino, contribuindo para maior digestão e aproveitamento dos nutrientes. Os principais óleos essenciais utilizados são:
- Carvacrol
- Cinamaldeído
- Timol
- Eugenol
- Capsaicina
- Piperina
O uso consorciado de óleos essenciais e ácidos orgânicos tem efeito sinérgico, de modo que um potencializa o efeito do outro, proporcionando efeito positivo sobre a saúde e desempenho do animal. Do mesmo modo, aliar dois princípios ativos de óleos essenciais também oferece maior efeito de resposta.
É importante salientar, que todas as tecnologias descobertas para diminuir o impacto da saída dos antibióticos promotores de crescimento, devem caminhar juntas com o manejo da granja e da fábrica de ração, possibilitando as boas práticas de produção e assim garantindo maior biosseguridade do ambiente de criação dos animais.
Ciente dos desafios do campo, a BTA vem estudando constantemente para produzir inovações e levar ao mercado produtos com resultados comprovados e que podem contribuir muito para o desempenho dos animais, de forma mais natural e segura. Conheça nossa linha de aditivos e faça uma consulta.
Compartilhe:
Celice Tamanini - Jornalista com MBA em Marketing Digital.
Veja mais posts do autor